segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Pirosas por opção

As primeiras páginas da revista Visão na sua edição especial sobre a república são dedicadas a alguns  hábitos de lazer nacional no inicio do séc.XX e para minha delicia,algumas fotos a preto e branco de eventos politico-sociais dos quais só sabemos por esta via.

Achei por bem reescrever este pequeno texto para relembrar que as ditas, pretensiosas "tias", que nem de Cascais são, originalmente, têm esta herança topológica que lhes agrava mais esse estatuto que ridiculamente querem manter ; e como de vez em quando tenho que me cruzar com algumas... agora já posso esboçar um sorriso para desvanecer a carga negativa que me emitem á sua passagem e já posso convictamente pensar que são mesmo pirosas.

"A zona de Cascais, eleita pelos Braganças como um dos poisos de veraneio - iam para lá em Setembro e Outubro, depois de uma estada no Palácio da Pena - , tornara-se um sítio "bem" desde que a rainha D.Maria Pia, mãe de D.Carlos, possuíra o seu chalet no Monte Estoril. A Cidadela, ainda uma das residências oficiais dos Chefes do Estado (em meados do século XX Óscar Carmona e Américo Tomás passariam ali muito tempo) era o ponto de partida de D.Carlos e da corte para viagens no iate Amélia, excursões pela praia com os respectivos banhos de multidão, garden-parties e torneios de tiro aos pombos.
Os burgueses endinheirados, eternamente simbolizados pela família Pires (daí o adjectivo "pirosos") gostavam de se aproximar das testas coroadas e de contar depois na Baixa as frases que tinham ouvido da boca do Rei. Assim nasceu a maneira afectada de falar dos "tios" e das "tias". "

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