quinta-feira, 7 de abril de 2011

Na terra do Nunca

 Voltei á adolescência depois de ter atravessado uma parte da Estremadura Espanhola e ter verificado que não há um cm de terra que não esteja trabalhado entre os longos campos de chaparros.

E que tristeza a minha ao constatar que desde a pacifica revolução dos cravos nada se contínua a fazer pela agricultura, pela indústria nem pela modernização  judicial de um país caduco e amarrado á desresponsabilização genética.
Empreendem-se somas avultadas num Campus de Justiça , mas não se re pensa o sistema judicial. Começa-se de fora para dentro, pois a obra física vê-se e o conteúdo tapa-se com a forma.


A agricultura estagnou por não haver perspectiva mercantilista no sector e afinal, todos os outros países conseguiram defender os seus interesses no sector mais necessário á sobrevivência da raça humana.


A indústria tão fortemente defendida e modernizada desde o Marquês de Pombal estagnou, assim que se aproximaram países de produção mais barata onde a qualidade não é importante,mas a produtividade é a alternativa e assim como tudo na vida, as necessidades criam-se por existirem respostas imediatas.

Infelizmente no nosso país perde-se imenso tempo a falar do que já se fez ou no que já se disse e ninguém avança com planos de resolução de crescimento para uma realidade que está ás portas de ser classificada como " lixo".


Quem se queixa de não ter trabalho que o procure, pois ele existe.
Só não existe para meninos acabadinhos de sair das universidades caducas que querem começar a ganhar a vida como profissionais com currículo e com ordenados equivalentes.


Sofro como sofria na adolescência por ver que continuamos a pensar pequenino e a ser pequeninos. E enquanto continuarmos com a postura de velho de Restelo não poderemos arregaçar as mangas e começar a endireitar o país.


Quanto tempo até se mudarem estas mentalidades de Peter Pan ???


Aqui fica uma excelente entrevista a Alexandre Soares dos Santos



http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/Negocios+da+Semana/2011/4/retrato-do-pais-por-alexandre-soares-dos-santos07-04-2011-05531.htm