sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

What a race !!!

Just finished my last work before X-mas, exchanging experiences with an absolutely marvelous family that has enriched my personal and emotional evolution.
This was the second time I've read a text that I wrote long time ago for another group, but for different reasons.
Finally, this time I read it for the positive reasons : they've understood that race and identity have to be respected even if different and difficult to understand...they make part of all of us, for one never knows who has been making history in one's background.

Translated from French, the original text written for a group of "illuminated journalists " :


My Celtic ancestors taught me that nature is both the supreme art and religion on earth, therefore, my belief is Celtic.

My Roman ancestors taught me that one can get material prosperity by absorbing the experience and knowledge from further developed people, therefore, my curiosity is Roman.

My Arab ancestors taught me that ahead of math and education - passion - will always be the engine of a life in all its paths; therefore, my heart is Arab.

My Ottoman ancestors taught me that perseverance along with the ability of negotiating could drive one into free ports; therefore, my willing is Ottoman.

My African ancestors taught me that when one is abused by others that believe in their superiority, there will always be music and the cry of saudade to warm up one's soul ; therefore my soul is African.

My Persian ancestors taught me that when one usually travels through one's life , free from any weight, there will always be a garden underneath one's feet where paradise is ; then , I bought a Persian rug :-)

My Brazilian ancestors taught me that poorness can have kindness within it as true starvation can have a smile within it ; therefore my contentment is Brazilian.

My Indian ancestors taught me that every living being is worth respect and whatever goes around....comes around
  ; therefore i wish I could have a Buddhist karma.

My Chinese ancestors taught me that patience its one of the most important virtues to reach fulfillment; therefore, my smile is Chinese.

My Japanese ancestors taught me that cordiality it's a code to open all doors ; therefore, I bow.

My Portuguese ancestors taught me that without the others....we are nobody ; therefore, I'm humbly Portuguese.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Os nossos encantos são no 5o andar

A festa do cinema francês já começou no passado fim de semana e para quem perdeu a apresentação do filme de Karim Dridi que conseguiu juntar o verdadeiro casal Marillon Coutillard et Guillaume Canet....não perderam muito. De facto foi por ter estes dois nomes no casting que fiz questão de ir em vez de ir descansar para casa.

E como as críticas negativas não valem após o filme ter sido comercializado....passemos ao filme que que foi uma óptima surpresa : " Les femmes du 6ème étage" traduzido para português como : " Os encantos do 6o andar", um título mais faccioso.

O casting não poderia ser mais ecléctico e apurado.Todas as personagens encarnam brilhantemente caracteres únicos que lhes dão uma animação e densidade psicológicas tão díspares quanto o universo do comportamento humano pode ser.

"Jean-Louis, é um corrector de bolsa rigoroso e bom pai de família . O típico burguês a chegar á meia-idade e a sentir-se encurralado na Paris dos anos 60. Até descobrir, por intermédio de Maria, a jovem empregada que lhe limpa a casa, as vizinhas do 6o andar".

E aqui abre-se-lhe uma porta para o mundo das sensações que Jean-Louis nunca tinha experimentado com a sua mulher ,estériotipo da mulher vazia , fria , calculista e sem interesses particulares a não ser manter uma fachada de boa mulher e mãe de filhos com quem não passa tempo nenhum. Enfim, descobre a vida aos 45 anos e mais não vou contar, pois não só é um filme que vai passar nas salas como as coisas boas é para irem sendo saboreadas em pequenas doses.

Um filme que me fez sorrir , rir e pensar no meu cher Bélier :-)
 A não perder !

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Dopado

Um dia de trabalho pode começar com clientes e actividades que menos esperamos. Tudo é uma incógnita quando se recebe turistas ou viajantes que não têm ideia do que é Portugal.
 Só Vasco da Gama e Fernão de Magalhães parecem merecer alguma curiosidade para visitar um dos últimos redutos da Europa para quem já tudo visitou.....repetido inúmeras vezes sobretudo por norte-americanos.

A viagem pela nacional até Muge é uma delicia para quem gosta de paisagens acidentalmente bucólicas e explico a vertente generalizada não agrícola do país enquanto no banco detrás se vão deliciando com os sobreiros e as hortícolas do Ribatejo,mas nem sinal dos toiros que anseiam por ver.

É na casa de Cadaval que começa a deliciosa experiência de conhecer o cavalo Lusitano . Ninguém como a Teresa para mostrar a quem não sabe o que é nobreza, a simplicidade e naturalidade do bom acolhimento predispondo o seu tempo para mostrar que os lusitanos são cavalos especialmente dóceis e subtis.

Jenny, amiga da condessa e homeopata de cavalos juntou-se a nós para o almoço e trocam-se informações e estórias únicas que fazem destes momentos , prazeres inesqueciveis.

Durante 25 anos viveu nos U.S.A. onde se dedicou , então á homeopatia veterinária, sobretudo para cavalos. Uma senhora nascida num solar minhoto e desde criança habituada a montar, seguiu a sua paixão pelos cavalos que lhe rende um brilho no olhar de menina dedicada , estudando e amando todo movimento do lusitano.

Aprendemos a diferença dos olhares nos cavalos , da postura da sua cauda, da orientação das orelhas , do comportamento no picadeiro logo após ter sido retirado do campo. Sim, porque nesta quinta os lusitanos passam os primeiros anos das suas vida em liberdade no prado. E tudo o que se aprende com Jenny é apaixonante e para quem já gosta de cavalos.... apaixona-se por cada movimento seu.

Já a caminho do Porto tentei continuar a minha exposição sobre a economia do país, mas o cansaço era muito após montar tão belos exemplares deste cavalo tão inebriante e assim que no banco de trás se fez o silêncio da sesta, voltei ao picadeiro sob o doce olhar sexagenário de Jenny observando e anotando o comportamento dos recentes domesticados cavalos e a imponente figura de Teresa tentando no meio do picadeiro manter uma primeira ligação emocional com o Dopado.

E ainda sobre este estranho nome dado a criatura tão bela e valente, aprendi que todos os anos há uma nova letra para o nome de um novo animal e filho de Heroína num ano de letra D.....deu, Dopado.

Que mundo tão simplesmente desligado de preconceitos :-)

domingo, 21 de agosto de 2011

A vida sem Descartes

" A alma não tem segredos que o comportamento não revele"

E assim é tão mais fácil saber quem é verdadeiramente digno da nossa atenção.

Quem não consegue ser transparente consegue sempre revelar-se através das suas acções e é com amigas que me são tão queridas que vejo que o nosso tempo de vida por vezes é tão desperdiçado com coisas e pessoas que nada merecem....muito menos as pérolas que descuidamos através de palavras e atitudes.

Transportas-me sempre como uma vieira e por teres tanto cuidado comigo guardo-te aqui na almofadinha vermelha para não te perder... dentro desta concha ás vezes tão fragilizada. Sorry!






quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Amor é.....

"Ela - Em que é que estás a pensar ?
 Ele - No meu mundo.
 Ela -Queria que estivesses pensando em mim.
 Ele - Foi o que eu disse"


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

segunda-feira, 25 de julho de 2011

O gene egoista

Custa-me acreditar que existam pessoas que não pensem na consequência das suas atitudes....ou na consequência da falta de atitude na hora exacta ou mesmo até,  mais tarde com a benevolência do perdão do tempo, mas não muito mais tempo do que aquele que faz com que se pense que já pertence ao esquecimento.


Custa-me acreditar que existam pessoas que cultivem a malvadez e a gratuidade de gestos parasitas sem terem sido alguma vez vitimas de algum mau trato ou negligência parental que lhe fizessem padecer de estrutura emocional.

Habituei-me, com o passar dos anos e com os livros de Historia a saber reconhecer a violência, a ambição do homem desmesurada e a falta de humanidade em certos seres da espécie humana , como a grande falha da natureza.


Os seres vivos irracionais são seleccionados pela própria natureza pela boa qualidade dos seus genes e assim também seria com os racionais não fosse essa grande falha da natureza ter impedido o homem de ser simplesmente mais animal do que besta.


Estas reflexões deixam-me angustiada quando penso que por muito que conheçamos um amigo, um vizinho ou um familiar nunca deixamos de ser surpreendidos pela capacidade de insatisfação e de ambiçaõ humana traduzida na capacidade de se enganarem a si- próprios, mascarando-se com a mentira e o vazio para preencherem só e unicamente o seu ego.

Gostava de acreditar que os bons sentimentos ajudam a suportar melhor a vida, mas para isso era preciso voltar a acreditar no homem.

Prefiro amar a libélula e olhá-la no seu amor pela vida durante a sua linda e curta duração
do que olhar o homem á minha volta , doentiamente apodrecendo em trajes de festa numa eterna fogueira de falsidades.











segunda-feira, 11 de julho de 2011

Para além da morte...



Agora, que o vazio se instalou nos cêntimetros que me contornam...

Agora, que já não tenho nada para te dizer ;

Que até o que mestrava em mim com alguma paixão, perdi...

A noção de ser ambivalente na postura e que me impede o impulso de correr para a morte;

As tuas mãos, a tua boca e o odor da tua pele...

A morte figurada num homem que um dia foi vida sem o saber.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Na terra do Nunca

 Voltei á adolescência depois de ter atravessado uma parte da Estremadura Espanhola e ter verificado que não há um cm de terra que não esteja trabalhado entre os longos campos de chaparros.

E que tristeza a minha ao constatar que desde a pacifica revolução dos cravos nada se contínua a fazer pela agricultura, pela indústria nem pela modernização  judicial de um país caduco e amarrado á desresponsabilização genética.
Empreendem-se somas avultadas num Campus de Justiça , mas não se re pensa o sistema judicial. Começa-se de fora para dentro, pois a obra física vê-se e o conteúdo tapa-se com a forma.


A agricultura estagnou por não haver perspectiva mercantilista no sector e afinal, todos os outros países conseguiram defender os seus interesses no sector mais necessário á sobrevivência da raça humana.


A indústria tão fortemente defendida e modernizada desde o Marquês de Pombal estagnou, assim que se aproximaram países de produção mais barata onde a qualidade não é importante,mas a produtividade é a alternativa e assim como tudo na vida, as necessidades criam-se por existirem respostas imediatas.

Infelizmente no nosso país perde-se imenso tempo a falar do que já se fez ou no que já se disse e ninguém avança com planos de resolução de crescimento para uma realidade que está ás portas de ser classificada como " lixo".


Quem se queixa de não ter trabalho que o procure, pois ele existe.
Só não existe para meninos acabadinhos de sair das universidades caducas que querem começar a ganhar a vida como profissionais com currículo e com ordenados equivalentes.


Sofro como sofria na adolescência por ver que continuamos a pensar pequenino e a ser pequeninos. E enquanto continuarmos com a postura de velho de Restelo não poderemos arregaçar as mangas e começar a endireitar o país.


Quanto tempo até se mudarem estas mentalidades de Peter Pan ???


Aqui fica uma excelente entrevista a Alexandre Soares dos Santos



http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/Negocios+da+Semana/2011/4/retrato-do-pais-por-alexandre-soares-dos-santos07-04-2011-05531.htm

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O correio não toca duas vezes


O amor quando chegou
Não veio com aviso de recepção;
Entrou, momento após outro e mais outro
E foi cimentando-se de gestos e palavras que não eram pensados.
E foi encontrando camas onde foram acesas centelhas;
E foi através do desejo em crescendo que se consumia;
E foi com as tuas escassas palavras que cresceu em mim;
E é com o teu rosto de gaiato
Aberto num sorriso
Que ele tem forma.
E ele és tu...em mim.
  
Centelha = Partícula luminosa que ressalta de um corpo incandescente. Luz viva que brota do choque de dois corpos duros ou de um corpo electrizado. Faísca.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Pós de Bárbaros

Quase me esqueci de guardar o cheiro dos campos de Albarraque ao final do dia,
vagueando como fazia
no meu mundo solitário de criança.

Quase, e enquanto me entregava a ti...a esses cheiros voltava,
tal a liberdade de ser feliz sozinha,
mesmo que a dois, nesse instante.
E quase, nessa liberdade desenfreada de amar o mar que jorrava do teu desejo,
me afogava,
no meu desejo por ti.

Distâncias de braçadas intermináveis nos mares do Algarve,
risadas a lágrimas nas areias quentes do Meco,
ronronares dos meus gatos elegantemente aninhados no meu colo
e as faustosas refeições no alpendre da casa isolada na Costa Alentejana...
tantos sabores, odores de felicidade gravados no meu olhar,
esse mesmo, que de vez em quando olhas,
sem saberes o que quer dizer
quando te fixo...
só na esperança de poder guardar o teu olhar como :
o mar, o campo, o riso e o alpendre da minha casa...
onde não queres entrar.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Esqueci-me de mim, enquanto buscava o prazer contigo.
 
Esqueci-me de te dizer que:
sou especial....  se  não reparaste;
que sei que não sentes... para não vires a sofrer.
Esqueci-me que amar dói....mas sem amor não sei viver.
Esqueço-me que tens de merecer este amor... mesmo que nada te cobre por ele.
E esqueço-me sempre de me esquecer um pouco de ti.
Esqueceste que não tens mais ninguém que te ame assim... como eu... a dois.
Esqueceste, simplesmente de te deixar levar pelo amor;
de apreciares o seu sabor,
o seu valor.

Um dia destes vou esquecer-me de ti...
E nesse dia... não te vais mais esquecer de mim !

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Existem castas e chão que já deu uvas.....

Hoje quando abri o Diário de Negócios deparei-me com um artigo do Leonel Moura, artista da nossa praça e individuo que tinha com alguma erudição - e para quem seja mais distraído, o Leonel foi quem fez as instalações das oliveiras em bancos de plástico á beira Tejo de que tanto gostei.

Na sua viagem a Bombaim, Leonel estava chocado com a miséria que havia ao seu redor e logo á esquina do famoso hotel onde ficara hospedado : Taj Mahal. 
Insistiu em revelar as estatísticas de quantos dormiam em grupo na rua , sós ao relento e finalmente os que tinham um telhado...16% da população de Bombaim.

A mim , estes relatos já não me chocam por saber que a religião hindu com o seu complicado e hierárquico sistema de castas segregam desde a nascença a população Indiana e por ser uma democracia politica e não religiosa....um factor é subalterno ao outro e não há grande coisa a fazer.

Os Indianos são os próprios a acatarem essa decisão" imposta" pelo divino e como tal sorriem e nunca parecem descontentes, nem quando mendigam.

Pois, é Leonel, a miséria é realmente algo que vem de dentro para fora e que não se deixa por crenças ou por falta de espírito guerreiro.

O medo da morte assombra os ocidentais que por receio do desconhecido preenchem as suas vidas materializando-as...antes que se lhes acabe o tempo.
No Oriente, a serenidade da morte retira qualquer ambição natural pelo materialismo, pois já sabem aquilo que os espera....para bem ou para o mal.

A diferença é que nós temos que escolher entre o céu e o inferno com o perigo de ficar pelo inventado purgatório;
e eles já nasceram com passaporte para uma outra vida que nunca será comprada a suor de trabalho nem de esforço social.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Quando te vejo....ao longe.

Não são os dias chuvosos
que desencantam
Nem as noites frias que desacalentam.
É o tempo em que a ténue passagem pelo amor
se faz revestida a camadas de muita roupa....