segunda-feira, 25 de julho de 2011

O gene egoista

Custa-me acreditar que existam pessoas que não pensem na consequência das suas atitudes....ou na consequência da falta de atitude na hora exacta ou mesmo até,  mais tarde com a benevolência do perdão do tempo, mas não muito mais tempo do que aquele que faz com que se pense que já pertence ao esquecimento.


Custa-me acreditar que existam pessoas que cultivem a malvadez e a gratuidade de gestos parasitas sem terem sido alguma vez vitimas de algum mau trato ou negligência parental que lhe fizessem padecer de estrutura emocional.

Habituei-me, com o passar dos anos e com os livros de Historia a saber reconhecer a violência, a ambição do homem desmesurada e a falta de humanidade em certos seres da espécie humana , como a grande falha da natureza.


Os seres vivos irracionais são seleccionados pela própria natureza pela boa qualidade dos seus genes e assim também seria com os racionais não fosse essa grande falha da natureza ter impedido o homem de ser simplesmente mais animal do que besta.


Estas reflexões deixam-me angustiada quando penso que por muito que conheçamos um amigo, um vizinho ou um familiar nunca deixamos de ser surpreendidos pela capacidade de insatisfação e de ambiçaõ humana traduzida na capacidade de se enganarem a si- próprios, mascarando-se com a mentira e o vazio para preencherem só e unicamente o seu ego.

Gostava de acreditar que os bons sentimentos ajudam a suportar melhor a vida, mas para isso era preciso voltar a acreditar no homem.

Prefiro amar a libélula e olhá-la no seu amor pela vida durante a sua linda e curta duração
do que olhar o homem á minha volta , doentiamente apodrecendo em trajes de festa numa eterna fogueira de falsidades.











segunda-feira, 11 de julho de 2011

Para além da morte...



Agora, que o vazio se instalou nos cêntimetros que me contornam...

Agora, que já não tenho nada para te dizer ;

Que até o que mestrava em mim com alguma paixão, perdi...

A noção de ser ambivalente na postura e que me impede o impulso de correr para a morte;

As tuas mãos, a tua boca e o odor da tua pele...

A morte figurada num homem que um dia foi vida sem o saber.