quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Surf na Sumatra

Saí de casa ao final da tarde na esperança de mudar a configuração dos meus pensamentos.
Em 5 m estava na Fundação Oriente onde estaria a Sofia á minha espera para irmos para o nosso bar á beira rio onde tanto gostamos de trocar conversa.
Estava a atender clientes e veio-me cumprimentar, confidenciando-me algo que viria a ser o motor do seguimento dos eventos a narrar.

Decidi subir até ao 5ºandar onde se passaria então - o dito evento que a Sofia me sussurrara enquanto me abraçava e que estaria ligado á prática de surfe.

As portas do elevador abriram-se e os 2 homens: um, obviamente surfista e outro senhor com ar muito distinto deram-me passagem.
Imediatamente o sr. de ar distinto começou a confidenciar-me que tinha ficado muito impressionado com um chá chinês que comprara á Sofia e que consistia só numa flor , sendo uma ideia de presente lindíssima para uma senhora.
Aquiesci com um sorriso confirmando que já o experimentara e logo o sr. quis saber qual era o meu programa e a razão de falar um inglês assim...
Quando lhe disse que era guia-Intérprete e que estava ali para ver o livro sobre o surfe na Sumatra , o Sr.Hussain, que agora me dava um cartão de apresentação onde estaria escrito : embaixador do Iraque, pediu-me que o seguisse , pois ele seria um dos speakers nesse evento.

E, curiosa de essência, lá o segui lado a lado com uma vontade enorme de lhe perguntar o que é que o embaixador do Iraque teria a dizer num evento sobre a Sumatra...

( Se alguém me vir ao lado do Sr. Embaixador do Iraque a entrar na sala do evento como se fosse a sua companhia aquando os flash dos fotógrafos dispararam...já sabem que foi um mero acaso de percurso.)

 Muito gentilmente propôs-me que me servisse um copo de vinho e que me juntasse á festa.
Invadido pelos media, afastei-me rapidamente e peguei no livro em lançamento , sentei-me e deliciei-me com as fotos e textos lindíssimos dos surfistas da nossa praça Atlântica, mas em Sumatra.
Só fui interrompida por uma das meninas que faziam assinar o livro em questão que me perguntou se seria alguma das surfistas naquele livro. Respondi-lhe que não, sorrindo e insistiu para que o assinasse na mesma.

Curiosos eventos, mas que fazem pequenas histórias para um dia contar a amigos enquanto se trocam episódios bizarros na nossa vida.
Uma sequência de eventos que renderam á Sofia, aquele sorriso ambíguo entre o desvario e a incredulidade e que me repuseram a boa disposição.





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