terça-feira, 20 de julho de 2010

Amo-te, Meco!

O que sabe muito bem quando se parte de mochila ás costas para 3 dias de festival de música é realmente o sentimento de evasão e de abandono momentâneo da sedentariedade inerente á rotina quotidiana.
O facto de saber que tudo pode acontecer e que nada foi pensado a nível de logística de estadia ou de horários, é por si só libertador.

O programa para os 3 dias era óptimo e o facto de haver sempre a tenda de música electrónica com bons D.J's fazia a nossa estadia bem mais extensa. 
Dos vários artistas que por lá passaram não vou falar,pois todas as actuações foram boas e o espaço onde tudo foi organizado, em pleno Meco, não poderia ter ficado mais perto do coração.
A grande surpresa do programa foi um Laurent Garnier com a sua postura "d'enfant terrible" na festa que se passava na tenda electrónica. 
 Já o tinha visto havia mais de uma década, mas não tão terrivelmente em forma e rodeado de músicos de um nível tão excelente ; um saxofonista e um teclista com grande poder de improvisação.
Ok, uma referência- quand même- ao Prince : super profissional! Fez o que era esperado, um grande concerto onde a Ana Moura também deu a sua nota especial.
E já posso guardar a sensação de experimentar a chuva púrpura que encerrou a sua actuação. Efeito borboleta!!

Entre festival, praia e Bar do peixe, o humor não poderia ser melhor , afinal o que há de melhor para todas as situações (más ou boas) senão bons amigos? Pois a companhia foi o melhor de todo este percurso de volta á adolescência ou fase jovem adulta.
 
De facto, uma praia tão bonita com poucos banhistas; a água do mar que estava a uma temperatura bem mais simpática do que normalmente e um bar que tem excelente pessoal descontraído a servir ás mesas e clientes tão divertidos e sociáveis....que mais se poderá querer senão juntar mo-nos todos e aplaudirmos o pôr de sol desde que este toca o horizonte até ao seu desaparecimento ? 
É o espectáculo da vida, ali no Meco. E é partilhado por todos nós.


A vida pode ser o maior espectáculo quando temos amigas que entram em carros alheios pensando que estão no nosso...; quando afirmamos que estamos cansados de ser felizes de tanto rir...; quando encontramos gentes insaciáveis que se aprontam para rir em grupo...; quando existem ao nosso lado pessoas que sabem e gostam de partilhar o que há de bom na vida...tão inesperadamente surpreendente. 
O festival da cerveja que mais vendeu este fim de semana foi uma viagem a um passado recente, o tal passado onde me revejo todos os dias quando começo a tecer o meu plano para ter mais um grande dia.
Não posso festejar em festivais todos os dias, pois assim não saberia apreciar mais a felicidade, ou os tais momentos que ficam na nossa memória ligados ao conceito de felicidade, mas posso de vez em quando lembrar-me que a felicidade existe e que vem de dentro para fora e é nessa comunhão com os outros que ela é perceptível e registada como tal. E quem não a tem ....não a procure! Alimentem-na!
Aos fantásticos amigos da Invicta....um grande bem-haja!

1 comentário:

  1. BEEEEEMMMMMMM! Como sempre excelente redacção! Foi um prazer ler e sentir o teu bem-estar.

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