domingo, 5 de julho de 2009

Tragam o Trio de volta

Estava pronta para uma noite sensualmente musical admirando o laranja do lusco fusco á beira Tejo e desfrutando de uma amena cavaqueira, já sentia o frenesim em mim dos acordes do piano de Brad perigosamente lançados na aula magna onde tudo se iria passar.

Não fosse a 1ª decepção....quando anunciaram a presença de uma morena, Luciana que se preparava para acompanhar não só Brad Melhdau ,mas também uma outra voz, Fleurine, a grande decepção - a loira trazida da América do Norte para entrar na desgarrada.

E eu que queria ouvir Brad mais próximo do seu Trio com Chico Pinheiro !
Estupefacta, não só com a falta de unidade nas decisões de reportório,mas sobretudo na falta de coesão da recente formula musical.

Brad desforrava-se no piano, as 2 vozes batiam-se á vez por algum protagonismo, pois só ali estavam pelos 2 músicos cabeça de espectáculo.
Não percebi porque é que teriam de ter 2 vozes, ademais quando a loira cantando numa oitava abaixo do seu limite e dos acordos de Brad não prestou nenhum serviço á beleza ou sensualidade visceral da performance esperada por Brad.

Vou ter que ir a Nymes onde aí este sexteto já não terá razão de existir. Não percebo porque é que aqui teve essa razão.....Será porque se expressavam em português ?

A musica é universal, ou seria, se não houvesse a pretensão de cataloga-la como património artístico de algumas correntes oriundas de países fortemente apegados a tradições que se impõe naturalmente ás outras.

Fica a desilusão, mas sobretudo fica a boa recordação do 1º tema ( Samba e amor), um dos poucos onde me dei conta que estava , afinal, num concerto de Brad Melhdau.

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