domingo, 5 de julho de 2009
O mar sem carneiros
Nem que o tempo corra mais depressa que o teu compasso;
Nem que o mar nos chame durante este tempo quente....
Há sempre na tua mão
a ostentação da tua impermeabilidade;
como se de uma lua se tratasse, único entrave para o teu duelo ao sol.
Deixa-me pensar que neste luar ainda haverá a maré
a tentar alcançar-nos ,
insolentes e crentes no paraíso onde a vida não nos arranca da areia;
aquele perímetro inundado de esperança onde se avista a duna que baptizei de Tua.
Aquela mesma tarde onde desenfreado gritavas ébriamente a tua liberdade.
A tua, a minha , a nossa vontade de estarmos ali perto da esquina do paraíso.
Deixa-me pensar que tudo vale a pena e sobretudo não deixes de pensar,
Tu, aquele que nunca admirou o luar,
que para além desse teu tecto hermético
há uma estrela que te espera ainda .... para a saberes olhar.
Caparica, 31 de Maio 2009
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Lindo o mar,
ResponderEliminarLinda a poesia do teu recordar.
Sim, recordar é viver...
Tu estrela cadente que não consigo alcançar
mas que vislumbro sempre no céu do teu olhar
negro, como as noites de lua nova.