Há uma década que não ia a Barcelona como turista e desta vez tinha como missão apaixonar Frank pela cidade que me apaixonou desde a primeira vez que a visitei. Levei o guia para rever o que havia a rever a dois e como tínhamos uma semana para divagar pelas ruas e pelas noites - tão doces - deixei que o nosso ritmo também fosse dando o compasso.
Gaudí ainda é o responsável por esta paixão antiga e Frank também se rendeu ao mestre do modernismo do séc XX.
As ruas estavam atoladas de turistas , não havia sossego em nenhum bairro; os melhores hóteis estavam cheios e Frank adorava ver o movimento de turistas que insistiam em fazer rolar os malões de viagem pelas ruas afora. Inicialmente perguntou-me onde é que toda essa gente ia com as malas a trás... seriam sem abrigo ?
Para um americano de Dallas esta modalidade de poupar dinheiro em táxis é surreal e insistia, um tanto descrente, em reafirmar que só poderia ser uma nova modalidade desportiva que num futuro próximo seria utilizada para competição nos jogos Olímpicos.
Pulámos para um autocarro de dois andares onde no topo a brisa do movimento compensava o calor que se sentia e seguimos a rota de Gaudí.
Este tinha sido só o primeiro dia que nos deu o gosto daquilo que não gostávamos - MULTIDÕES !
Consegui convencer Frank que a melhor maneira de conhecer uma cidade é a pé e o resto dos dias fomos pouco a pouco passeando e errando nas ruas deixando o guia para trás e parando em cafés para refrescar e observar os outros.
O porto á noite contínua o centro de recreio de gente descontraída e de banhos para os mais exóticos . Aprazível paredão extenso onde de dia uns andam de patins ou de bicicleta e na praia cruzam-se nudistas desde o novo hotel W até ao primeiro pontão ; e á noite uns pedalam um estabelecimento de cerveja que se move enquanto beberricam Estellas anunciadas neste veículo tão original onde os consumidores de cerveja vão gastando as suas calorias pedalando e ingerindo mais líquido pelo exercício que os vai secando.
Fiquei com a certeza que não volto mais a Barcelona em pleno Estio e não fosse eu estar tão limitada com tempo, teríamos fugido para o Texas.
Continuo com a sensação que Portugal não tem mais turistas por não haver divulgação nem marketing do nosso país, o que é realmente de lamentar num Portugal que precisa tanto de dinheiro.
Temos hóteis de uma qualidade superior que estão a 75% ; restaurantes que deliciam turistas de qualquer nacionalidade ou estrato social; simpatia e acolhimento como em mais nenhum país do mundo ocidental e praias dignas de um sonho de uma noite de verão.
Senhores governantes , em vez de fingirem que se contêm na Manta Rota , comprem uma mísera passagem na Vueling para Barcelona que fica mais barata que as portagens na A2 e vejam com olhos de ver o que é fazer dinheiro num país tão bom quanto o nosso!
Ficam como boas experiências gastronómicas, os restaurantes: Barceloneta no port Vell junto á marina, o Botafumeiro em Eixample e o Rias de Galicia onde a nossa última noite foi premiada com a melhor aventura gastronómica da cidade e um serviço tão personalizado que me cria em casa.
And last ,but not the least....o meu companheiro de viagem que mais uma vez me presenteou com as suas histórias tão especiais e que o fazem tão especialmente apetecível.
E que Taleia que levámos !
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