Mais uma escapadela na cidade das luzes que me é tão querida!
Assim , como em Lisboa, a cidade respira a cadência temporal dos humanos, porque é Julho.
O ar é mais puro e até as borboletas se despem da sua timidez bucólica.
Desta vez, com o meu guia privado, calcorreei Paris pelos bairros não tão correctamente turísticos e aí senti o que sinto ao atravessar a praça de Martim Moniz até ao Palácio da Independência.
Os paramentos multi-colores, os odores, a polifonia das línguas, as multidões da Diáspora, tudo o que Paris esconde nos livros turísticos e que fazem estes percursos serem tão autênticos quanto os pseudo- intelectuais Parisienses saboreando o jornal no " 2 Magots".
Vincent, prefere sobrevoar Paris em helicóptero...a minha irreverência leva-me a convencê-lo, diplomaticamente, a perder mo-nos pelos bairros onde as ruas não têm nome; e vou contando-lhe as minhas histórias Parisienses enquanto se esquece que estamos a andar há horas.
E quem fala da noite, senão um poeta que abraça as trevas, o secretismo de uma lua em todas as suas fases?
O meu silêncio é audível , assim como a falta de um trovador para cantar um amigo....
Bandas de jazz de rua, folk dos E.U.A em peregrinação, tudo ambiciona quebrar o silêncio de poetas que cantem as pontes de Paris.
Tirei uma foto à Pont neuf para não deixar de recordar Juliette Binoche.
E assim , vou guardando imagens e episódios que só poderiam ser memorizados pelo viajante e não pelo turista.
Bastaram-me 7 fotos para crer que Paris nunca muda na sua permanente capacidade de surpreender....outra vez.
E quem ama assim Paris, ou está apaixonado ou retirado num convento a escrever sobre Paris .
Obrigada, Vincent, por te renderes aos prazeres de andar sem rumo.
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