segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Enfim....já passou!
Enfim, terminou todo este ambiente perigoso do Natal.
Acabaram as compras que nunca fiz á ultima hora,
os fritos e bolos-rei que não comprei,
os passeios em família nos centros comerciais (Jesus),
os sorrisos de uma boa disposição inquietante,
as benovelências inerentes á quadra que pagam o egoísmo ao longo do ano.
Respiro fundo e sigo para ainda um último esforço:
o de me comprometer a escolher um bom programa para a passagem do ano.
E parece interminável esta cadência de eventos tão sistematicamente previsíveis todos os anos.
Assim como os Egípcios tinham as inundações do Nilo anualmente , o que lhes assegurava a perspectiva de continuidade , nós temos as cheias de gente desesperada em assegurar mais um Natal obrigatoriamente em família e sem podermos recusá-lo com a penalidade de se ficar só em casa , em frente a uma TV depressivamente ofuscada pelo conceito de felicidade a rodo entre os confraternizantes.
Esta continuidade de Natais asseguram-me cada vez mais que tenho de me ausentar durante esta época, pois quem não tem a sua própria família, pode cair na tentação de querer uma para não sofrer com a solidão e tristeza por não poder partilhar desta benesse (lucro que não provem do trabalho).
Toquem sinos, cantem hinos,
mas digam-me que os anjos também serão convidados.
A árvore foi decorada sem ajuda de crianças, especialmente , este ano;
Especialmente , este ano, que vi a felicidade destas em acreditarem no Pai Natal,
Que senti que nunca mais vou sentir a falta deste para distribuir as prendas lá em casa.
Para o ano que vem irei esquecer-me novamente das promessas que fiz a mim mesma em não repetir o mesmo erro de passar o Natal como passei: fugindo de um esconderijo de solidão em grupo para outro, o meu.
A minha passagem para a Austrália é só em Janeiro depois dos Reis e por algum longo tempo vou comemorar o Natal perto de quem sabe viver em paz, em harmonia com a natureza e vou embriagar-me de tanta paisagem despida de luzes e de barulho tóxico .
Vou poder ser feliz sozinha em comunhão com a natureza e com o meu amigo Ian que respeita o silêncio como se de um acto intimo se tratasse. E é-o!
E apraz-me que o silêncio me colha os frutos de tanta injustiça verbalizada e escutada sem poder tapar os ouvidos.
Espero voltar de alma lavada, ou não voltar, ainda seria melhor.
E espero......
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Está lindo amiga! A minha passagem é cá em casa com a Filipa que já conheces e a Nair, irmã...fomos hoje comprar os ingredientes...estás mais do que convidada! Jantamos cá e depois vamos ver o fogo de artificio à bahia de cascais(23h30/24h00) depois voltamos e fazemos a ceia! Gostava muito que estivesses aqui comigo a começar o novo ano. Seria bom sinal. Beijinhos
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